segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sonhos intranquilos IV

Escrevi assim, um poema esquisito.
Perdi-me, entre as cores azuis e lilás,
Que um dia me disseram-algo-que-já-nem-lembro-mais.
Da mesma forma que o poema,
Estranho e esquisito que havia escrito.
Perdeu a força;
Força que me forçava a escrever letras G-A-R-R-A-F-A-I-S,
Este gigante imenso,
Nas letras de nossos ancestrais.
Louco e eloqüente, me puxa, puxa, puxa.
E sem mais ou menos, me perco nos braços longos e estranhos de algo que já nem sou quem sou.
Mundo estranho. Estranha teoria. Vigília.
Ser é o ser, dor, alguns curiosos estudiosos dizem em seus pequenos espaços de vida que é o amor.
Rima fácil e pobre.
Difícil é vivê-los sem passar por tais desejos efêmeros.
Perco-me, derreto-me, lanço-me, e assim, sem mais ou menos, perco-me novamente.
Cruz, luz, Jesus... em algum lugar alguém deveria dizer que: “Oh não chores mais, menina não chore assim”. Mas, desnudo, com o universo que me surpreende, perco-me em seus cabelos... incríveis e invencíveis. Mesmo brancos e arrancados fio-a-fio pelos dedos de Anália, que desejou ir só para Maracangalha.
Eu fico aqui perdido.
Perco-me em mês estranho.
Estranho meu mar, meu impar, meu vôo...
Mas, a vida é sem graça,
Se houvesse graça de graça,
Seria sonho.
Ernesto me sacode e novamente me acode.
Acordo e vejo no horizonte, novamente o cone sul, movimentando nossa estrada.
Seguimos novamente para onde não sabemos.
Vamos Ernesto!?

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