quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Seu Brinquedo

O mundo brinca,
Como pião,
Rodo rodo,
E perco-me!
Em ti.
Logo ali...
Braços pernas,
Vem, eu quero,
De uma vez,
Perdido!,
No seu achado,
Roda roda,
Sou pião.          

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Entre almas

Já a mim,
Resta-me o beijo!
Pendurado no canto da boca,
Temendo ser esquecido,
No lenço bordado com seu nome. 

Pior sou eu.
Que mesmo nu,
Defronte ao espelho,
Visto-me com a tristeza
Daquele eterno adeus.

Nada se compara ao que sinto.
Aqui, presa entre tapumes,
A alma desalmada está.
A pobre suspira com tanta dor,
Que tenho até medo
De ir-se embora e deixar-me só.

Ora minha cara, 
Deixemos de choro.

Tempos desconexos 
Esse em que vivemos.