terça-feira, 29 de setembro de 2009

Piadinha



No balcão da alfândega

- Seu nome?
- Abu Abdalah Sarafi.
- Sexo?
-... Quatro vezes por semana...
- Não, não, não! Homem ou mulher?
- Homem, mulher... Algumas vezes camelo...


p.s: Piadinha enviada por Guinelo Louzada

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dez minutos


Estou passando por um momento critico em casa. Tenho que tomar um banho com no mínimo dez minutos. Você já cronometrou seu banho? Você não faz idéia o que é ficar dez minutos parado e ensaboado dentro do box. O tempo demora a passar!

Quinta-feira passada, Maris foi tomar banho e descobrimos que ela estava com umas bolinhas no corpo. Pânico total! Como assim, bolinhas no corpo? Pois é, estava mesmo. Fui correndo com ela para o médico. Ele, com aquela paciência toda, me deixou mais sossegado. A menina tomou uma injeção de antibióticos, já que estava espirrando, e recebeu um tratamento leve, sem muita agressividade.

Vai tomar três banhos, no mínimo, de dez minutos!

Achei que era tranqüilo afinal o que são dez minutos? Ninguém faz idéia do que seja ficar dez minutos parado, ensaboado, olhando o relógio, fazendo... tic... tac...

Em dez minutos a gente faz muita coisa. Toca três canções do Roberto, prepara um miojo para o jantar, passa um cafezinho para a visita e até assiste um brutamonte ser finalizado no UFC. Mas... Lá em casa não, em dez minutos vejo Maristella ficar nervosa e com frio.

É terrível! Nos primeiros três minutos é festa, afinal fico passando a mão nela como tivesse fazendo carinho. Aos cinco já começa a irritação, ela tremendo de frio e eu... Sem ter o que fazer. Não dá nem para ler um livro. Aos sete minutos... Ela está querendo derrubar a porta do box e eu... Torcendo para que ela consiga. Afinal já estou morto de tédio, e algo novo é sempre bem-vindo.

Aos oito... Volto a passar a mão no rabo dela, para, quem sabe, receber uma mordida... Quem sabe assim os próximos dois minutos passem mais rápido? Mas, ela não morde! Treme ainda mais. É o frio.

Nove minutos. Meu Deus! Falta só mais um minutinho, sessenta segundos apenas. Apenas!#?$? Isso tem que passar rápido. Mas, não passa. É o minuto mais demorado, já estamos em pânico, mortos de tédio. Bem, ela de frio!

Enfim, Dez minutos! Vivas! Podemos abrir o chuveiro e enxaguar a menina.

Faça o teste em casa, fique dez minutos se ensaboando dentro do box. Se, por acaso, você não entrar em pânico, me conte. Afinal, tenho que dar mais banhos nela.

Quem sabe você não faça isso por mim?!

p.s: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

Devaneios as 17 horas

A insuficiência renal,
                         Me faz cada dia passar mais mal!

A tal da ignorância,
                                          Me mostra que ler livros tem relevância!

A falta de ter o que fazer,
             Me faz cada dia morrer!

E o tal do afeto?
                     Me mostra que preciso ter você por perto!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A escada


Deu 12 h, e apressadamente ele desceu a escada para o almoço. Nem prestou atenção no cadarço do tênis desamarrado. Terrível distração! Assim que começou descer a escada, encontrou uma bela bunda á sua frente. Tarado como era, não resistiu, focou-se naquele belo e estonteante pandeiro e esqueceu-se dos degraus da sua algoz.

Foi fatal! Tropeçou no degrau do terceiro lance de escada. Foi caindo em câmera lenta, e lógico não tirou os olhos daquelas belas nádegas. Quanto mais caía, mais olhava. “Merda, maldita escada!”, pensava e caía ainda excitado com a bunda da menina.

Após alguns segundos em queda livre, parou de boca no chão. Passou a mão e sentiu o sangue a melar. Visto que já estava tudo ferrado mesmo, levantou o olhar a procura da danada. Não a viu mais. Colocou-se de pé, passou a mão mais uma vez, limpou o rosto e saiu em disparada à procura da sua linda e maravilhosa bunda.

Já saindo do prédio, escutou: “Hei moço, o seu cadarço esta desamarrado”. Olhou para traz e viu a dona da bunda. Não conseguiu falar nada, nem amarrar o cadarço, ficou embasbacado com a beleza da moça. Só conseguiu exprimir um muito obrigado.

Apaixonou-se e todo dias, as 12 h, ele desce a escada a procura da mais perfeita bunda que já colocou os olhos. Logicamente trocou o tênis de cadarço por um de velcro.

Mudanças


O Apartamento em Santa Tereza não é mais o mesmo.
Muitas coisas mudaram de um tempo pra cá.

Antes era um entra e sai danado, hoje não mais.
Antes tinha tapete na sala, hoje não tem.
Antes tinha muitos incensos, hoje não pode ter.
Antes poucos vinhos, hoje sempre têm e sempre bebo.
Antes não ouvia latidos, hoje se ouve.

Hoje tem flor!

p.s: Obrigado pelas flores! Elas e Maristella mudaram meu lar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Prazo


A noite começou cinza, tudo levava a crer que ia chover. O clima não estava muito bom, sentia isso de alguma maneira. Não quis dar razão para as minhas intuições.

Os próximos fatos da noite me mostraram que realmente estava equivocado. Bebi, sorri, conversei, toquei, cantei...

Acredito muito em intuição e em outros “Çãos”. Se sentir que algo vai acontecer, é batata, mais cedo ou mais tarde... Acontece. Naquela noite não foi diferente, ainda mais porque era quarta-feira. Eles sempre estão ao meu lado, tenho certeza disso. E me faziam sentir que algo ia acontecer. E não é que aconteceu!

A noite terminou cinza, triste, sem graça e com magoas espalhadas por toda casa. Era assim, sempre que sentia alguma coisa, mais cedo ou mais tarde acontecia.

A madrugada fria, a cama vazia e o sentimento ruim no coração. Mas tenho que respeitar. Afinal meu prazo está se acabando. Nascemos já morrendo, como disse certa vez. Nada mudaria aquela madrugada. Uma madrugada tão cinza quanto o início e o término da noite.

Meu Deus, será que o dia também será cinza? Perguntei, sem obter a resposta pra tal questionamento. Ainda não sou esquizofrênico, como diz um amigo meu: “Se você fala com Deus, assim como eu, você é um religioso, mas se Deus fala com você, você é um esquizofrênico”.

Mas a esperança não morreu, com fé e sentimento, lutei! A luz do sol entrou pelo quarto. O seu calor veio aquecer a minha cama no início da manhã. O gosto que tive na boca, a força, a vontade de viver mais um dia, o gozo pela vida.

Tenho que aproveitar todo raio de sol, toda luz, todo calor. Afinal meu prazo esta acabando.

p.s: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

Desforço

Ela me persegue,
Não importa pra onde eu vou,
Ela está lá.

Inexorável, como uma ninja.
Fico consternado quando a vejo,
Não sou assim.

Algófilo? Sou.
Mas com ela nada é físico,
Ela dilacera meu espírito.

Desapareça,
O mundo não precisa de você.
Quero Jubilium.

Suplício


A dor dói!
E eu sinto.
É justo?

O amor ama!
E eu sinto.
É errado?

O precipício está ali,
E eu quero pular.
É justo ou é errado?

De que lado você está?
Do meu?
Do dele?

Deus, me de asas, quero sair daqui!
Pra onde? Pra que?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O toque!


Teu toque me faz tocar,
A mais bela canção popular,
Tudo isto me faz acreditar,
Em nossos toques podemos amar!

Não me importa quando vem tocar,
Está sempre pronta pra amar,
Não te importa qual musica tocar,
Sabe que toco por te amar!

"Eu faço samba e amor até mais tarde. E tenho muito sono de manhã."

Sexta I

Pela primeira vez, em meses, me senti um nada dentro do ônibus.

Não tinha nada pra fazer, nenhum livro pra ler, crônica para escrever.Poesia? Sem chance, não tinha inspiração. Resolvi então não fazer nada.

Mas... como não fazer nada? Alguma coisa tinha de ser feita... O mundo está lá fora cheio de pessoas, de vidas.

Alguma coisa tem de ser feita.

Tudo bem que seriam uns poucos minutos "de nada". Mas poucos minutos representam algum percentual da minha vida. Decidi que não iria perder mais nem um minuto, afinal já nasci morrendo.

Reparei a minha volta, uma av. Contorno sem transito (o motorista do balaio tinha resolvido tirar o pé e nos permitir a vista). Todos os sinais funcionando. Tem coisa errada no mundo, não pode ser perfeito assim... (pensei)

Porém, hoje é especial! É sexta! E sexta é assim, mágica, perfeita, insubstituível.

Sexta é sexta!

p.s:: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Somos machistas! E daí?


Belorizontino é machista! Sim, é machista, sim. Você não concorda? Quer fazer um teste rápido comigo? Calma não vai doer, é coisa rápida. Podemos começar? Ótimo, então vão lá.

1) Qual o nome da principal Avenida de Belo Horizonte?
2) Qual o nome da avenida que você utiliza pra ir pra Confins? E a outra?
3) Qual avenida tem o maior comércio de peças automotivas?
4) O Mercado Central fica em qual avenida?

Quantos nomes femininos você me disse? Exatamente, nenhum. Não tem jeito, todas as principais avenidas de Belo Horizonte têm nome de homem ou Estado; se for mulher é santa.

A única avenida que escapa, ao menos que eu me lembre, é a Tereza Cristina e te confesso que acredito, salvo engano, que só tá lá porque foi mulher de D. Pedro II. Não vejo outra razão. Andei pensando que poderia ser a amante de algum prefeito, governador ou até presidente, mas a história nos mostra que não teriam peito para fazer algo deste tipo.

Você deve tá achando que eu tô doido, não é? Porque não me lembrei da Avenida Raja Gabaglia. E você sabe quem foi Raja Gabaglia? Enganou-se, não foi jornalista porra nenhuma, foi um professor lá da época de Getúlio Vargas, que por sinal é outra avenida importante. Não tem jeito, não mesmo. Somos todos machistas!

Se eu fosse prefeito desta cidade mudaria o nome de todas as avenidas; a Afonso Pena se chamaria Elis Regina. A longa Avenida Amazonas iria se chamar Ana Hickmann, em homenagem as suas longas pernas. Cristiano Machado seria Ângela Bismarchi, devido às constantes intervenções cirúrgicas pelas quais ela passa. A Antonio Carlos iria se chamar Fernanda Lima, uma avenida loira e leve. Avenida Pedro II iria se transformar em Princesa Izabel, lógico, não podemos perder a realeza! E a Augusto de Lima, como tem o Mercado Central e sempre saio de lá num estado lamentável devido ao consumo abusivo de álcool, se chamaria Letícia Birkheuer, que já foi vista bebadazinha nas ruas do Rio de Janeiro.

Imagine você pedindo o taxista pra te levar ao Aeroporto de Confins saindo da Rua da Bahia: “Olha meu amigo, você pega a Elis Regina e depois a Ângela Bismarchi, mas se você achar que ela não está boa pode pegar a Fernanda Lima!”. Seria um sonho, não acha?

Mas, enquanto não sou prefeito, fico aqui morando nesta rua com nome de santo, doido pra morar na Camila Pitanga!

p.s: Texto lido e aprovado pela Srta. Professora Mestre Doutora Carla Barbosa

Naquele exato momento


Por um momento achei que já não estava mais aqui...
Olhei pro céu através da janela, e vi uma única estrela.
O céu está estranho...

São 23 horas, escuto coisas caindo no apartamento, não consigo distinguir se está acontecendo aqui ou no vizinho. O barulho é muito, é perto, é seco. Masristella decidiu que hoje não dormiria em casa, moro sozinho novamente.

Estou pouco me lixando se o argentino chegou e fez barulho... Este filho da puta ainda me paga, vive me acordando chegando de madrugada.

"O coração do homem bomba faz tum-tum até o dia que ele fizer bum!". O celular toca... Não sei onde estou. Lembrei! Porra negão, era pra tomar mais cedo! Agora já estou em casa!

Olho pro céu novamente, a estrela continua lá. Por certo momento me senti fora do corpo. Fora daqui.
Senti que não era mais eu, não sei que porra eu era naquele momento. Era tudo, menos eu.
Não tinha mais barriga grande, não estava entupido de pizza de domingo, meu pau estava morto.

Foi estranho. Foi paz. Foi à morte.

Naquele exato momento que não estava comigo, me senti leve. Senti-me morto. Senti-me... me senti como não me sinto a muito tempo.
Algo estranho, incompreensível, maravilhoso, único.

Se a sensação de morrer for esta, eu a quero. Mas se esta sensação for à da vida em plenitude? Nunca vou saber. Nunca terei certeza. Nunca...

Naquele exato momento queria repetir a dose...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Foda na rima!

Sempre que ele podia, ele fodia.
Fodeu tanta gente, que ele nem se fodia.
Fodia de noite, fodia de dia.
Se bobeasse, ele fodia.

Com toda esta "fodeção", pouco se lixava para quem fodia.
Vivia pensando em quem fodia.
Fodia de madrugada, fodia de dia.
Se você bobear, ele fodia.

Foda, fodão. Só pensava se fodia.
Por ser tão fodido, acha que o mundo pouco se fodia.
Fodia de tarde, fodia de dia.
Mas ele se preocupava mesmo, era com quem o fodia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Piadinha

Um casal, moderninho, na praça:

__ Olha o Guarda!

__ Então guarda!


Fonte: Site: http://www.textolivre.com.br/
Texto: Piadinha
Autor: Manoel Ferreira do Amaral

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tentando salvar BH.

Moro ali, em Santa Tereza. Fino não acha?
Trabalho aqui, no Centro. E, às vezes, em Betim.
Venho de ônibus ou de carona. Tudo depende do dia.
Mas voltar eu volto a pé! Quase sempre.

Não sou ambientalista, afinal, tenho um carro a diesel e quando coloco o bichinho no mato acabo fazendo muito estrago no terreno.
Apenas venho e vou desta maneira porque o transito está impossível. Há dias então, em que até o viaduto Santa Tereza está congestionado.

Queria ver Rômulo Paes, fazer seu tão famoso verso "A vida é esta subir Bahia e descer Floresta".

Está simplesmente impossível e, para ser honesto, às vezes, até "a pé" está ficando difícil. É tanto carro, tanto caos, tanta merda que da até pra desistir. Para subir Bahia gasto, no mínimo, uma hora! "Osso" mesmo! Viaduto da Floresta, de manhã?, outro caos. Desista. Você não vai conseguir descer.

Mas uma coisa não posso negar. Quando venho andando de volta para casa e passo em cima do viaduto Santa Tereza, me sinto em várias crônicas, vários autores, vários Fernandos e Carlos. Várias letras, muitos Miltons e Vanders. É simplesmente mágico. É simplesmente Belo Horizonte. O ar de BH é mágico, é
doce, é apaixonante. Já do trânsito não posso dizer a mesma coisa.

Muita gente não anda de ônibus porque acha ruim, apertado. Sacoleja. Concordo, em parte, mas a gente pode ler, escrever, ver as meninas lindas, as feias também, namorar, flertar. Já tem gente que acha que o ideal seria todo mundo de bicicleta! Eu já não concordo. Imagina se eu trabalhasse na Afonso Pena, 4001.
Nem a pé eu subo, imagina de bicicleta!

Mas em uma coisa reina a unanimidade; o trânsito um dia vai parar. Se não começarmos utilizar o transporte público, se não começarmos a melhorá-lo, BH vai parar. Vai virar um grande e enorme emaranhado de congestionamento. Gente brigando, menino nascendo dentro de carro, polícia com a sirene ligada o tempo todo, SAMU tentando salvar e não conseguindo passar. Vai virar uma zona, mesmo longe da Guaicurus.

Eu faco a minha parte, e você ?

p.s.: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Levando a gostosa pra casa

O telefone toca:

- E aí, comeu?
- Como assim?
- Uai, você não levou ela pra casa?
- Levei!
- E não comeu?
- E era pra comer?
- Pressupõe que sim.
- Você comeria?
- Acho que não.
- Duvido...
- Espere um pouco, se você não come, eu tenho que comer?
- Sim, você come tudo.
- Mas tem coisa que eu não gosto!
- Mas você comeu lá?
- Não, nem pensei em experimentar.
- Fala sério! Nem pensou?
- Eu não! Não achei muito atraente não. E você sabe como eu sou.
- Sei...
- É serio se não tiver uma cara muito boa, não como.
- É tá certo.
- E como você vai fazer agora?
- Ah, não sei. Mas honestamente acho que não quero comer não.
- Por quê?
- Achei uns trecos esquisitos, meio assim, sabe?
- Não faço a mínima idéia. Graças a Deus eu não vi.
- Pois é. Mas uma parte da galera comeu.
- É, eu vi o pessoal comendo. Mesmo assim, nem tive vontade.
- Fecho com você. Vou ver como faço, se pai pegar isto aqui na geladeira, já até vi.
- É, joga fora então, porque se azedar vai feder tudo.
- É, tem razão.
- To indo nesta, abraços e boa sorte.
- Beijos!

Desligo o telefone, vou à geladeira e jogo aquela galinha fora.

Com você


Com você eu caso,
me rasgo,
me mato,
e até me reinvento.


Com você eu toco,
retoco,
me faço,
me refaço.

Com você me maltrato,
me acabo,
me escapo,
me arrebato.

Com você eu vivo,
me organizo,
fico ativo,
não me martirizo.

Mil Coisas


Mil coisas se passam na minha cabeça…
E só lembro-me de você...
De nós...
De nosso amor.

Lembro de você rindo...
Sorrindo com a alvorada lá do morro...

Cinema?
É claro...
Com você vou até ao inferno!

Seu gosto é único, é impar...
Escolhi algo assim...

Sinto-me assim quando penso em você...
Quando vivo com você...
Quando amo com você...
Você...

Sempre só você!
Não me importa mais nada!
Só você...

Com você estou sempre arrumadinho...
Avacalhadinho...
Seu zinho...
Sou você...
Só você!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Credo!

Credo, tema forte pra se comentar, não acha? Calma gente, não to falando de asco não, tipo, “Credo uma barata!”, to falando de acreditar em alguma coisa. Sim, papo cabeça!

Pois é, tem coisa que eu acredito e você pode não acreditar. Afinal cada um é cada um. Acha que não? Você acredita em tudo que eu acredito? Tenho certeza que não.

Olha só, eu acredito no Sarney! Sim, lógico que acredito. Você não? Gente como não acreditar? O Sarney existe, tem um bigode enorme, um senhor já com seus mais de 80 anos. Lógico que ele existe. Eu acredito nele! Agora, acreditar no que ele fala... São outros quinhentos! Não tem como, como diria aquele personagem do Carandiru: “É sem chance!”.

Outro exemplo: Acredito piamente que o Collor se arrependeu de ter colocado a mão na poupança da gente. Você não? Raciocina comigo. Estava lá o Fernandinho na varanda da Casa da Dinda, fazendo suas flexões de braço e me chega o Renan Calheiros, este eu tenho certeza que comeu aquela jornalista que nem é tão gostosa mas saiu na Playboy, gritando: “Presidente, realmente vão entrar com o processo de impeachment contra o senhor!”, na hora o Collor pensou: “Merda, porque fui colocar a mão na poupança deste povo?“. E deve ter saído blaterando a Zélia Cardoso, sua estimada prima e Ministra da Economia. Agora você também acredita que o Homem do Saco Roxo se arrependeu? Lógico que se arrependeu, perder uma bocada boa daquela e ainda passar de mãos beijadas pro Itamar Franco, ele deve ter ficado um bom tempo se arrependendo. Mas as suas pragas contra Zélia funcionaram, certo tempo depois a priminha do coração acabou se casando com o Chico Anysio. Imagina você casando com o Chico! Eu honestamente não agüentaria nem um minuto. E creio que a Zélia e o Chico se arrependeram, afinal não estão mais casados.

Viu como este conceito de credo é complicado?

Agora o que mais me deixa chateado é eu crer numa coisa, e você crer que eu não creio e nem deixar eu demonstrar pra você que eu tenho credo naquilo. E mesmo se deixar demonstrar a pessoa já crê que eu não
creio e isto já virou uma crença pra ela.

Viu de novo como é complicado crer em alguma coisa nesta vida?

Mas eu ainda creio que um dia todo mundo vai crer, e sendo assim, todo mundo crendo em algo maior, a coisa aqui há de melhorar.

Bastaria ao menos que todos cressem no amor, assim a vida seria mais fácil. Não só no amor fraterno, no filial, mas no amor entre outros, diferentes, naquele que pré-supõe o desejo. Na vontade de um homem e de uma mulher serem um, juntos pelo amor, desejo, espírito de luta e principalmente por vontade de mudar a vida.

Portanto, meus amigos, acreditemos todos juntos! No amor, no amor às coisas tangíveis e intangíveis, só assim poderemos dar jeito em nosso país.

p.s: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Costelinha com ora-pro-nobis

Entre todas as trinta mil pessoas que me circulam, eu queria apenas que você estivesse aqui.

Não temos Leblon, Botafogo, Piscinão de Ramos e nem orla.
Tenho o coração bombando.
Tenho o sentimento mais tenro e perfeito do universo.
Só não tenho você.

Você que deveria estar aqui. Do meu lado, trazendo alegria com teu sorriso.

Tem jazz, lounge, black music. E daí se não escuto o Juízo Final?

Você me faz falta. Não tenho mais medo de assumir o teu corpo, a sua pele, a sua voz e a sua alma. A minha alma. A nossa alma.

Tudo isto me faz falta. Você me faz falta. Nós dois me faz falta.

De maneira singular sinto você. A cada instante sinto você. A cada momento sinto a falta de você.

Que Bologna fique na Itália, e você em minhas mãos, aqui nas Gerais, terra de onde você nunca deveria ter saído.

Proponho-te uma troca! Larga este maldito molho de carne moída e fique com a costelinha com ora-pro-nobis.
Aceita?

p.s: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

Perfeito


Sempre, todo dia e até mesmo agora.
A alegria está contagiando o mundo.
Olhe para fora, está todo mundo sorrindo.



Até os mendigos que ficam espalhados pelas ruas,
os meninos desnutridos e sujos,
as putas da praça da rodoviária,
estão felizes!
Todos estão felizes!

A felicidade é contagiante.
É algo fácil de ter, conquistar, manter.
Tudo agora é fácil.

Não temos mais problemas,
não temos fome, trafico, mortes.
Não andamos mais bêbados com nossos carros pelas ruas afora,
somos todos cidadãos, no verdadeiro sentido da palavra.

O Brasil está perfeito!
Temos que ir pra Afonso Pena e desfilar!
Mostrar que somos perfeitos,
que somos um povo sempre feliz.
Afinal, aqui não existem mais mazelas,
misérias, dor, horror.
Somos perfeitos, únicos e acima de tudo, felizes.

Babel I


Toda babel me circula, o céu e o inferno me confundem de maneira louca, já não sei mais separar o bem do mal.
Nem tudo é a mesma coisa, e nem sei se estou em babel.

O mundo é louco, a vida é louca, e eu sou louco? Nada mais faz sentido...
E eu perdido nesta loucura, sem ao menos ver o sinal do amor.

E ele existe? E eu existo? Quem existe?

Quero encontrá-lo, me deixar levar pelos seus braços, e ele normalmente nem aparece.
E eu ainda quero.

Babel é louca. Loucas e bêbados compartilham do mesmo prazer.
Viver a vida. A vida insana, a vida etílica...

Todos se confraternizam nesta viagem profunda sem ter nada a perder.

Pudor? Tesão? Sexo?

Nada disso vale mais a pena, porque o mundo não sente saudades de quando éramos apaixonados pela pessoa amada.
Nada mais nos leva ao outro.

Uísque barato, água de coco, música comercial.
Corpos desnudos carentes de amor e sedentos de prazer.
E agora é vida... Isto lá é vida?
Não sabemos, corremos, viajamos, tentamos.
Com uísque barato e corpos sedentos de prazer carnal.

E o amor? Que amor? Pra que amor? Pra que?

Simplesmente a festa continua, por conta própria...
Sem você...
Sem motivo pra festejar...
Apenas continua...

domingo, 6 de setembro de 2009

Dia 6

É… Está chegando…

Dia 06!

06 de setembro!

Normalmente todo mundo fica doido para o dia 6/09 cair numa quinta-feira, ou em um domingo. Lógico tem o feriado do dia 7, a Independência do Brasil. Eu não. Prefiro comemorar o dia 6. Sim, o dia 6 é mágico, digamos, mais poético!

Não cara! Ninguém gritou no dia 6. Nem falou que “Se é para o bem da nação, diga ao povo que fico!”. Mas se me contaram direito, certa vez teve um choro. Estridente? Claro que não, ele nunca fez muito barulho na vida. Naquele dia no máximo que fez foi um gemido, de satisfação por ter nascido na família que nasceu. Lógico que é de satisfação, só pode ser, não teria outro sentimento.

A criança que nasceu nesse dia, lá pelos lados de Baldim, ali, na região da Serra do Cipó, uma cidadezinha de cerca de 8 mil habitantes. Ele foi o primeiro de uma trupe de quatorze, sério mesmo!, quatorze irmãos. Imagina você com 13 irmãos para ajudar a criar. Honestamente? Eu não conseguiria. Foi difícil conviver com dois, imagina treze. Deus, que me livre!

Depois de muita bagunça e travessuras, ele veio para Belo Horizonte, trabalhou em um monte de coisa, fez de tudo um pouco, até, aos poucos, conseguir trazer os pais e os irmãos. Arranjaram uma casa no bairro Primeiro de Maio. Isto eu não aceito até hoje... com tanto bairro para se morar, foi logo morar no bairro da minha deusa. Já que toquei neste assunto, já vou meter a faca de uma vez. Casou-se com ela, tomou a mulher de minha vida, mas tudo bem! Ele pode... Na verdade, na minha concepção, se existia um homem que poderia me tomá-la, esse homem só poderia ser ele. Ele tomou. Teve três filhos com ela. Cada qual a seu jeito. Felizes são eles, que como ele possuem pais maravilhosos. Deu base de família a todos, tudo bem que um deles não consegue se manter casado como eles, mas em toda plantação nasce uma árvore torta, não é?

Sei que você deve estar doido pra saber quem é esta criatura. Pois bem, irei tirá-lo do anonimato. Este rapazinho chama-se Geraldo Barbosa Soares, nome bonito não é? Eu acho, gosto muito, queria ter tido mais um filho para colocar o nome de Geraldo Barbosa também, mas já contei meu drama, não nasci para casamento.

Barbosa é o cara! E o Obama falando que é o Lula... Ele que não conhece o velho Barbosa. Olha só, o cara toca violão que é uma belezura, interpreta qualquer coisa, celebra culto na igreja, consegue escutar os filhos, casou com a Maria das Graças, brinca com os netos, torce para o Galo, largou o Botafogo, largou o cigarro, me deu o primeiro copo de chope, recita poesia e ainda é aposentado como detetive e nunca deu tiro em ninguém. E me vem o Obama falar que o Lula é o cara? Obama realmente não conhece o Barbosa.

Barbosa, obrigado por ter aparecido em Belo Horizonte, casado com a Maria das Graças, ter tido seus três filhos, cuidar dos seus três netos e de vez em quando tomar conta dos meus cachorros.

Realmente te amo, e tenho como meu melhor amigo.

Obrigado por ser o meu pai.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"..."

"...”,
Pode dizer muita coisa,
Pode dizer que ainda te espero,
Que te desejo,
Que ainda sinto o gosto do teu beijo...



"...",
Pode dizer que ainda não terminou,
Não começou,
Não, apenas não...

"...",
A vida prossegue,
O mundo vive,
Os deuses se divertem,
E eu ainda estou aqui...

Sexta

Depois de tanto tempo,
Depois de sete dias,
Ela reapareceu.

Com toda liberdade que somente ela tem,
Com cheiro de chuva,
Chegou gris!
Mas chegou.

Mas que seja assim,
Amo chuva,
Amo cheiro de liberdade,
Amo você!

Hoje ela me sufoca,
Está quente, abafado, gris.
Mas mesmo assim, me da liberdade!

Amo a sexta!
Vivo a sexta!
Espero o sábado,
Esperarei você outra vez.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ela e Ele

Eu quero Ela,
Ela quer Ele.
Ela já perdeu a esperança dele chegar.
Ele diz que sempre vai estar aqui,
esperando...Esperando...


Ela quer pessoas únicas, inteiras, curadas das feridas.
Ele não, nem preocupa com as feridas,
com as duas metades,
com a parte da maçã juntada com a parte da goiaba.

Ele quer Ela, sempre...
Ela diz que desiste.
Ele diz que espera!
Ela insiste que não existe Ele.
Ele fala que vai achar Ela!

Mas é sempre assim...
Ele quer uma coisa, Ela outra.
Ele vai pra direita, Ela pra esquerda.

Mas se Ele achar o pote de Ela,
Ela quer tentar também.
Ela e Ele,
Ele e Ela.

p.s: Para Vanilda, não desista, lute sempre. Ele vai chegar

Eu e Ela

É, sei que o texto não vai ter nada a ver com o título. Está até parecendo que vou escrever a música do Vander Lee. Mas nem é. Se você vem acompanhando este folhetim eletrônico já deve saber que sou solteiro. Sim, solteiríssimo da Silva. Mas como já fui casado, tive várias namoradas e bastantes casos, sei bem o quê acontece.

Não! Eu não aceito que você pense que sou o “galinha”. Apenas, ainda, não encontrei a tampa da minha panela. Mas plagiando uma amiga, a Lêlê, "Não tenho culpa se nasci pra frigideira". Mas tudo evolui, até a indústria "panelística" mundial vai dar um jeito de confeccionar até tampa pra frigideira.

Tá! Vamos deixar de enrolar e vou direto ao ponto. O texto teria que ser "Eu contra Ela". Sim, contra mesmo. Seja lá com quem eu esteja... ela sempre aparece. Não importa com quem seja. Se eu fico com três meninas no mês, tenho certeza que a encontrarei nas três vezes.

Não tem como fugir. Ela é implacável, feroz e perversa.
Nem liga se você esta amando, apaixonado ou simplesmente maravilhado.
Ela chega forte e incorruptível. Sempre!

Acho que todos nós, homens e mulheres, deveríamos tentar deixá-la longe dos nossos relacionamentos. Eu sei que é quase impossível. Mesmo que você se afaste, ela chega.
Não tem jeito.

Pode-se tentar de tudo. Remédio, terapias, banho de descarrego, água benta, reza “braba”. A gente nunca consegue ficar livre dela. A solução é viver com ela. Tentar ser mais benevolente com nossa amiga. Afinal ela veio pra ficar!

Ai TPM, porque você existe? Porque insiste em atormentar nossos lares?
Gostaria mesmo que se fizesse uma junta médica com super-notáveis de todas as áreas e que se conseguisse uma solução pra este mal da humanidade.

É difícil conviver com você, minha filha. Quando você aparece não sei mais quando o "Não" é "Não", o "Sim" é "Sim" e quando aparece o "Talvez”?
É a morte! Dá vontade de correr e sumir.

Ai TPM some de nossas vidas! Desaparece! E saiba que você não é necessária.
Vai pra Argentina, vai amolar os “hermanos” e deixa aqui nosso povo brasileiro em paz.
Some TPM, some!

p.s: Texto revisado por Ricardo Ô Divino

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Queimando a língua

Apressado come quente e cru!
Isto quando come, porque às vezes nem da tempo de comer.
Já queimou a língua.

Tudo na vida tem seu tempo, não adianta forçar a barra.
A vida é assim, um emaranhado de gente, idéias, sentimentos e emoções.

Tem hora que vem aquela vontade de pegar, e você vai e tenta.
Mas ainda não esta na hora. Ta cru, ta quente.
Pronto, perdeu mais uma chance.

É chato ver as oportunidades passarem, principalmente quando a gente já fez a merda de tentar pegar. Normalmente meto os pés pelas mãos e acabo me estrepando.

Paciência é uma virtude.

Podemos trabalhar para aumentarmos a nossa.
Preciso trabalhar para aumentar a minha.
E você?

Tenhamos paciência com todos e com tudo.
Com o motoqueiro, com o taxista, com o atendente, mas com o juiz de futebol concordo plenamente, é impossível!

Acredito sim, que se fossemos mais pacientes teríamos um mundo melhor.
Estaríamos comendo mais e melhor, e sem queimar a língua.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dialogo as 06h30min

- Pronto!
- Quem fala?
- Uai, quem fala? Você liga pro meu celular as 06h30 e pergunta quem fala?
- É, vai que outra pessoa atende.
- Aqui, você esqueceu que eu moro sozinho?
- Sei...E?
- E mesmo se a Maristela já estivesse morando comigo, ela não conseguiria nunca atender o celular.
- Sei também, mas acontece que a gente nunca sabe né?
- Sabe o que Cristo?
- Uai, quem atende.
- Mas isto aqui é um telefone celular. É igual escova de dente. Pessoal e intransferível!
- Tem certeza que é igual a sua escova de dente?
- Bem, igual a minha não, mas iguais as outras escovas!
- Está bem. Mas como posso ter certeza que você é você?
- Ai meu Deus, você deve só pode tá de sacanagem comigo!
- Tô não. Só quero ter certeza.
- Bem, você pode vir aqui em casa agora, neste instante, e verificar se sou eu ou não.
- Tem maneira mais fácil não?
- Tem, você pode confiar em mim.
- Difícil. Com esta crise dos grampos que ocorreu, nada é confiável. Deixa prá lá, no escritório a gente conversa.
- Eu não estou acreditando nisto. Você me acorda, me enche a paciência e agora me diz "No escritório a gente conversa"?
- É, não to muito confiante que você é você.
- Uai, porque não?
- Simples, até agora você não falou nenhum palavrão!
- Só por isto?
- É!
- Resolvo isto agora. Vá tomar no meio do seu c.!!!!!

Desligo o telefone, viro pro lado e tento dormir.
Passado 2 minutos. Telefone toca.

- Prooooooooonnnnnttttttoooooooo!!!!!!
- É você mesmo?

Festa


Vai, pega!
Corre, gira!
Para com isto menina...
Já te falei pra parar.
Desce, desce já da cama.


Não, você não pode mais ficar aqui.
Olha o seu tamanho!
Ô minha preta, não olha assim pra mim.
Para de me cutucar!
Vem cá pro meu colo,
isso,
dorme...
Descanse.

Não precisa ter medo,
eu te protejo.
Claro, sempre fiz isto!
Tudo bem, mas não roube mais o bife.

Vem pra cá,
ande comigo,
do ladinho,
não foge, nunca fuja. Lembra do carro?
Somos felizes com você, sempre fomos.
Eu sei que você roubou o bife,
mas também roubou o nosso amor.

É, também tenho saudades dele.
Dela? também!
Claro, de você sempre, todo dia.
Prometo! Juro! Cumpro!

Um dia, quem sabe?

Pensamento da semana

"Simultaneidade

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta. "

Fonte: Livro: A vaca e o hipogrifo
Autor: Mario Quintana

p.s: Agradecimento a Larina Otoni por ter me dado algumas respostas para esta semana