domingo, 17 de agosto de 2014

Vai passar

E mais uma vez,
As cinco,
Larga-me só.
Perdido,
Em,
Mim.

Onde está?
Eu, perdido aqui.
E você, aí?
Pergunto,
Só.

Perco meus membros,
Minha sanidade,
E destilo assim,
Toda a minha tristeza,

Dó, ré, mi, fá, sol, lá...

sábado, 2 de agosto de 2014

E quando dói!


Me dói... dói muito, sabe? E quando eu menos espero, vem e me corta. E esse corte sangra. A vida. A flor. Envelopo tudo em fitas de pano coloridas e deposito no meu altar. É complicado dizer tudo isso, nesse momento,  em outros momentos também. A flor do amor que nasceu no alto da montanha verde lilás de pedras coloniais perto do dedo de deus de frente a matriz, florece agora. E eu, negro devoto de são Benedito, me comovo ao te ver passar feliz pelos campos da nascente do Jequitinhonha. Linda flor do centro de Minas que enfeita a nascente do braço do mar. E agora o que faço com tudo isso que me florece o coração? Respiro novamente o ar que me cerca no alto da serra. Fecho os olhos. Sinto sua presença. Falta. Relaxo mais uma noite escutando o rádio ligado no celular. E assim, sem mais ou menos, nem um copo ou corpo, deito e durmo. Acordando assustado com o nascer do dia em minha janela lateral...