Porta fechada, tranca trancada, a luz entra pela veneziana e
esquenta o piso de madeira. Estalos são jogados ao ar. A fumaça do incenso
plaina, o perfume preenche e a cortina, com a figura do comandante, esconde a
parte esquerda da janela permitindo que a luz só entre pela direita. “A
esquerda sempre no poder”, pensou e sorriu enquanto admirava o lustre
empoeirado. O corpo já reclamava da inércia. Olhou as horas e concordou. Sim, já
estava na hora de ganhar a vida e colocar rumo na caminhada. Escorou-se no braço esquerdo, elevou o tronco
até que se formasse um ângulo de noventa graus, jogou as pernas para fora da
cama firmando todo o resto nas mesmas. Grunhiu!, “É, a vida começa as sete...”
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
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