Me dói... dói muito, sabe? E quando eu menos espero, vem e
me corta. E esse corte sangra. A vida. A flor. Envelopo tudo em fitas de pano
coloridas e deposito no meu altar. É complicado dizer tudo isso, nesse
momento, em outros momentos também. A
flor do amor que nasceu no alto da montanha verde lilás de pedras coloniais
perto do dedo de deus de frente a matriz, florece agora. E eu, negro devoto de
são Benedito, me comovo ao te ver passar feliz pelos campos da nascente do
Jequitinhonha. Linda flor do centro de Minas que enfeita a nascente do braço do
mar. E agora o que faço com tudo isso que me florece o coração? Respiro
novamente o ar que me cerca no alto da serra. Fecho os olhos. Sinto sua
presença. Falta. Relaxo mais uma noite escutando o rádio ligado no celular. E
assim, sem mais ou menos, nem um copo ou corpo, deito e durmo. Acordando
assustado com o nascer do dia em minha janela lateral...
sábado, 2 de agosto de 2014
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