quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Entre almas

Já a mim,
Resta-me o beijo!
Pendurado no canto da boca,
Temendo ser esquecido,
No lenço bordado com seu nome. 

Pior sou eu.
Que mesmo nu,
Defronte ao espelho,
Visto-me com a tristeza
Daquele eterno adeus.

Nada se compara ao que sinto.
Aqui, presa entre tapumes,
A alma desalmada está.
A pobre suspira com tanta dor,
Que tenho até medo
De ir-se embora e deixar-me só.

Ora minha cara, 
Deixemos de choro.

Tempos desconexos 
Esse em que vivemos.

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