quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Doce voz de Caetano

Na Avenida Brasil, sentindo a sua pele negra no meu corpo color, ouço infinitas vezes seu olhar descrito em canções líricas. O maestro toca, eu te escuto. Caetano chuta, enquanto eu navego novamente em suas longas tranças e finalmente me perco nos abraços longos de seus braços.

Sem me perder, fixo meu olhar no seu norte, e o seu sorriso alvo, da brancura de sua alma, me limpa. Traz a leveza da dor que perdi no passado e deixei na terra santa. Feliz, sigo até a praça, pois agora, quem me ama é a liberdade.

Liberdade que abracei no momento em que disse sim! Sim, minha clara jovem negra, sim para você, sim para ele que vai chegar num dia de verão, sim para nossa vida. Sim para o mundo que me uniu ao teu abraço naquela tarde de domingo, vendo o sol ir embora e você a me abraçar em seus abraços longos. Sim a tua boca carnuda que me afaga com seu hálito de desejo fêmeo e real. Sim...

O carro para... e junto ficamos a ouvir a voz de Caetano...

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