Não se importava em escutar comentários alarmantes sobre a sua nudez de gente sensata. “sou nu e livre” – dizia a todo instante a si mesmo. Já o Outro, ficava encabulado com a nudez dele próprio. Sentia-se enfadado diante de tanta irreflexão. “Era isso que ele queria pra ele?”- não sabia julgar, afinal, o frenesi freqüente o deixava mais extasiado que nunca.
Nunca... nunca... never...nie...asla...
Negava-se em toda e qualquer língua existente. Tudo isso para ter o direito dele, e do Outro, de ficarem nus. De dia ou de noite, em casa ou na rua, almoçando ou jantando. O que importava era a nudez.
Assim, nu, ele era capaz de dizer a verdade, de sentir a verdade, de ver a verdade.
Nudez e verdade andavam juntas, para ele, já para o Outro, não.
Mas, em suma, nu a vida não tinha como se esquivar da verdade. Sem máscaras, sem apetrechos, sem nada, simplesmente nu... verdadeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário