sexta-feira, 8 de março de 2013

Coisas de casal

E não venha com indiretas, minha cara, se é pra falar então seja direta. O fato é fato, desenho feito em papel A4 branco, nada destes ecologicamente correto, para que cada ponto seja realmente um ponto. Balelas e arrogâncias me  causam asco. E mais uma vez proclamo: Eu não pedi, eu não implorei, eu não não. Se está aí não é minha culpa. Você me conhece, sabe como sou e exatamente por este motivo estás aqui. Agora, como veio parar aqui não faço a mínima idéia.

Não me calo perante a injustiça, sabes bem disto. Aliás, se me lembro bem, foi por isto que chamei a atenção de você. Ao menos foi o que me foi dito pela tua boca. Minha cara, como eu poderia mentir pra você? Já me conhece do avesso ao direito. Todas as dobras, todas rugas, todas todas. Nunca, em momento algum, me atreveria a te enganar. És o meu norte, o meu note, o meu mundo.  Já roguei sua confiança em tempos atrás, agora acha realmente que jogaria tudo no lixo? Pela última vez: Eu não sei como isto veio parar aqui!

Que bom, minha princesa, ainda bem que reconhece o que sou pra você. Te garanto, ficarei de vigia e nunca mais isto vai aparecer sobre nossa cama. Nunca mais, jamais, nem fu. Mesmo não sendo eu, tirarei daqui. Quer que coloque uma câmera no quarto, desta maneira pegaremos o larápio que está atrapalhando nossa vida. Sim, é um pouco demais. Concordo! Como te disse pode deixar, eu a retiro daqui, me dê uns dois minutos que já volto. Não durma...

Ele levanta da poltrona, pega a toalha molhada estendida na cama e leva para o banheiro, a estende no box e respira aliviado...

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