E não venha com indiretas, minha cara, se é pra falar então
seja direta. O fato é fato, desenho feito em papel A4 branco, nada destes
ecologicamente correto, para que cada ponto seja realmente um ponto. Balelas e
arrogâncias me causam asco. E mais uma
vez proclamo: Eu não pedi, eu não implorei, eu não não. Se está aí não é minha
culpa. Você me conhece, sabe como sou e exatamente por este motivo estás aqui.
Agora, como veio parar aqui não faço a mínima idéia.
Não me calo perante a injustiça, sabes bem disto. Aliás, se
me lembro bem, foi por isto que chamei a atenção de você. Ao menos foi o que me
foi dito pela tua boca. Minha cara, como eu poderia mentir pra você? Já me
conhece do avesso ao direito. Todas as dobras, todas rugas, todas todas. Nunca,
em momento algum, me atreveria a te enganar. És o meu norte, o meu note, o meu
mundo. Já roguei sua confiança em tempos
atrás, agora acha realmente que jogaria tudo no lixo? Pela última vez: Eu não
sei como isto veio parar aqui!
Que bom, minha princesa, ainda bem que reconhece o que sou
pra você. Te garanto, ficarei de vigia e nunca mais isto vai aparecer sobre
nossa cama. Nunca mais, jamais, nem fu. Mesmo não sendo eu, tirarei daqui. Quer
que coloque uma câmera no quarto, desta maneira pegaremos o larápio que está
atrapalhando nossa vida. Sim, é um pouco demais. Concordo! Como te disse pode
deixar, eu a retiro daqui, me dê uns dois minutos que já volto. Não durma...
Ele levanta da poltrona, pega a toalha molhada estendida na
cama e leva para o banheiro, a estende no box e respira aliviado...
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