quinta-feira, 7 de março de 2013

Vigília


É dia. Involuntariamente desperto as cincoecinquentaecinco. Eu sei, não era o combinado. Lembro de você falando: “As seishorasemponto. Preciso acordar aos poucos”. Mesmo a alma gritando teu nome, respeito...

A luz entra pela janela e ilumina. Deusa de minha vida. As madeixas cor de sol espalhadas pela cama. Sorrio. Afagos. Dou o meu recado entre mãos, lábios e suspiros. Desejos, abraços, pelemaispele em pelo. Costas cobertas por beijos, sorvo teu gosto, me encho de ti...

Desprezo o horário,  preciso de ti em mim. Sorrisos, línguas, olhares. Te aconchego aqui, bem aqui. Sente ele pulsando teu nome? Claro que sente. Ele é teu, eu sou, não mais sem altar. Oro...

Vago os dias contando as manhãs onde este culto irá acontecer. Te venero em dias assim, e quando não estás aqui, nestas noites ímpares, em teu nome, vigília...  

Nenhum comentário: