É dia. Involuntariamente desperto as cincoecinquentaecinco.
Eu sei, não era o combinado. Lembro de você falando: “As seishorasemponto.
Preciso acordar aos poucos”. Mesmo a alma gritando teu nome, respeito...
A luz entra pela janela e ilumina. Deusa de minha vida. As
madeixas cor de sol espalhadas pela cama. Sorrio. Afagos. Dou o meu recado
entre mãos, lábios e suspiros. Desejos, abraços, pelemaispele em pelo. Costas
cobertas por beijos, sorvo teu gosto, me encho de ti...
Desprezo o horário, preciso
de ti em mim. Sorrisos, línguas, olhares. Te aconchego aqui, bem aqui. Sente
ele pulsando teu nome? Claro que sente. Ele é teu, eu sou, não mais sem altar. Oro...
Vago os dias contando as manhãs onde este culto irá
acontecer. Te venero em dias assim, e quando não estás aqui, nestas noites ímpares,
em teu nome, vigília...
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