quarta-feira, 24 de abril de 2013
Esquecimento
Se por acaso algum dia eu esquecer, não me culpe. Pois o esquecimento é um conjunto de obras construídas e esquecidas por dois.
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quarta-feira, 17 de abril de 2013
Obituário do amor
Isto não é pra mim, definitivamente não nasci pra tal coisa. No início frenesi total, depois relaxa, mais um tempo... voa, e quando menos esperamos, finda!
Fico me perguntando algumas vezes: "onde foi parar o fogo? E as noites quentes? Manhãs lutando contra o despertar do relógio e se enroscando entre pernas e abraços, onde foi tudo?" É... A coisa toda é bem complicada. E o pior é que se você tenta se desligar destas interrogações acaba por matar o danado e se continua a pensar é taxado com outros nomes.
Já não sei adjetivar qualquer tipo de relação. Se é namoro, ficada, pegada e até mesmo largada. E adjetivar sentimentos então?, é bem mais complicado: paixão, amor, descaso, indiferença ... Tudo isto é bem angustiante, tão angustiante quanto esperar um beijo de língua ao amanhecer.
Claro, com certeza, nesta hora você estará pensando: "não seja tão pessimista meu caro escrevente, o amor está no ar! ". Concordo que em algumas manhãs o beijo, o corpo, o coito e tudo mais é ofertado, e nestes momentos é que me bate a lembrança dos abraços noturnos, o aconchegar no colo, pés se esfregando durante a madrugada, o sorriso...
O sorriso! Este companheiro de horas intensas, seja qual for o momento, sacia o tempo do esperar. É nele que me agarro, tal como uma criança a sua teta favorita. Em dias gris, é ele que vem e ilumina o viver. E assim volto a acreditar no amor. O mesmo que queria sepultar no início deste texto. O mesmo sentimento que dizia não acreditar e renegar a sua existência em mim.
Definitivamente isto não é pra mim. Viver sem amor e negá-lo a cada amanhecer solitário. Desculpe-me meu pobre jornalista, mas se depender de mim tão cedo iremos publicar a morte dele. O amor não será sepultado desta vez.
Fico me perguntando algumas vezes: "onde foi parar o fogo? E as noites quentes? Manhãs lutando contra o despertar do relógio e se enroscando entre pernas e abraços, onde foi tudo?" É... A coisa toda é bem complicada. E o pior é que se você tenta se desligar destas interrogações acaba por matar o danado e se continua a pensar é taxado com outros nomes.
Já não sei adjetivar qualquer tipo de relação. Se é namoro, ficada, pegada e até mesmo largada. E adjetivar sentimentos então?, é bem mais complicado: paixão, amor, descaso, indiferença ... Tudo isto é bem angustiante, tão angustiante quanto esperar um beijo de língua ao amanhecer.
Claro, com certeza, nesta hora você estará pensando: "não seja tão pessimista meu caro escrevente, o amor está no ar! ". Concordo que em algumas manhãs o beijo, o corpo, o coito e tudo mais é ofertado, e nestes momentos é que me bate a lembrança dos abraços noturnos, o aconchegar no colo, pés se esfregando durante a madrugada, o sorriso...
O sorriso! Este companheiro de horas intensas, seja qual for o momento, sacia o tempo do esperar. É nele que me agarro, tal como uma criança a sua teta favorita. Em dias gris, é ele que vem e ilumina o viver. E assim volto a acreditar no amor. O mesmo que queria sepultar no início deste texto. O mesmo sentimento que dizia não acreditar e renegar a sua existência em mim.
Definitivamente isto não é pra mim. Viver sem amor e negá-lo a cada amanhecer solitário. Desculpe-me meu pobre jornalista, mas se depender de mim tão cedo iremos publicar a morte dele. O amor não será sepultado desta vez.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Encontro
E em menos de dois segundos caio em teu colo. Me alfineto a todo instante para ter certeza que agora o mundo gira. O fato de nossas línguas se encontrarem todososdiaspelamanhã, traz uma certa paz... Olha o sol!, vê? Veja, assim como teu sorriso, a jornada é alva.
Vai, me permita, ao menos desta vez chegar ao fim. Finda a vida dos meus olhos em tua boca, nela o dia é claro. É claro que toda infelicidade já confessada à você, ajudou-me nesta jornada, e por ela, cheguei a ti.
O universo não é mais paralelo, o caminho é tortuoso, e você, dona de minha cabeça, como já fora em outrora, é minha perdição... Perco-me em seus olhos, sorrisos, lábios... salvo-me em você...
Vai, me permita, ao menos desta vez chegar ao fim. Finda a vida dos meus olhos em tua boca, nela o dia é claro. É claro que toda infelicidade já confessada à você, ajudou-me nesta jornada, e por ela, cheguei a ti.
O universo não é mais paralelo, o caminho é tortuoso, e você, dona de minha cabeça, como já fora em outrora, é minha perdição... Perco-me em seus olhos, sorrisos, lábios... salvo-me em você...
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quarta-feira, 10 de abril de 2013
E você, por onde anda?
E você, por onde anda?
E eu aqui, neste bar, me matando ao embriagar, com o lagoinha à
risca, o líquido transparente arranha minha garganta, entre goles e soluços, e
você, onde anda?
E a saudade, está que agora vem visitar-me insistentemente,
di-a-pós-dia, noites cinzas frias sem teu calor, cama larga, travesseiro solto,
desejo morto. E o teu corpo, que outrem era meu copo, onde sorvia a vida, tua
vida em minhas mãos, mãos que lhe acariciavam, prazer de você em mim, e
você, agora, onde anda?
Em total solidão, chorando aos poucos, visito bares onde já te
encontrei. Procuro sem orgulho: o homem que ama não tem orgulho, sei, alguém já
te disse isto. Nos fundos dos copos, em outros corpos, em sorrisos tão
falsos, em dias opostos, e agora, me diz, onde anda você?
É o fim, sei bem, de um jeito peculiar entendi. A noite é vazia, o
copo estará vazio, a vida se esvazia... entre os copos, entre os corpos, entre
todos o lugares, e agora, onde anda você?
Verdade seja dita e cravada na alma: É a dor, esta que afaga,
norteia o homem que se diz amado amante amor... E agora, onde anda você?
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sábado, 6 de abril de 2013
Colcha de retalho
Entre losangos
Círculos
Triângulos,
Cores de diversos tons,
Desejos represados,
Pensamentos evasivos,
Toques nos retoques,
Formas de amar,
Costurados,
Sobre a cama,
Entre os corpos,
Espaços abertos em feridas,
Alinhavadas pela história,
Contadas entre pernas
Pelos
Velas
Lágrimas,
Aquecendo no outono frio,
Sem a cor dos retalhos,
Que enfeitam o altar ,
Tudo pode,
Tudo corta,
Tudo esquece...
Embaixo da colcha de retalhos
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quinta-feira, 4 de abril de 2013
Nós de nós
Abuse de mim,
Em lençóis alvos,
Em claros dias,
Escuras noites,
Lua e estrela,
Céu e sol,
Chuva e frio.
Lambuze,
Festa em minutos,
Horas à fio,
Fio da navalha,
Corta corta,
Estenda o manto,
Me deite.
Abuse de mim,
Em seus seios,
Seja eu,
Ouro ao amanhecer,
Invertemos os lados,
Opostos,
Beijos e línguas.
Rabisque,
Desenho no papel,
Risco forte,
Forte forte,
Linda lindo,
Em mim,
Nós.
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