sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mudanças II

Sei que um dia você vai entrar por aquela porta. Entrará gritando, urrando, gemendo e chorando. Falará aos quatros cantos que eu estraguei a sua vida, que manchei o seu passado, que sou apenas mais um bastardo.

Foda-se! E fala baixo, os vizinhos podem escutar.

Quem te disse que a vida era perfeita? Que todas as pessoas possuem o direito de serem felizes? Que os homens são fiéis e as mulheres são honestas?

É tudo merda! Fake! Não tem como fugir disto. Deste enorme poço de merda.

Não me venha com frases feitas, choros intermináveis, cobranças incontroláveis. Eu estou vacinado. Eu vivo a realidade. Eu vivo!

Chore, faz bem pra saúde! Já ouvi isto várias vezes e deve ser por isto que não tomo remédio. Já chorei muito nesta vida e inclusive por você. Lembra daquela vez? E daquela outra?

Pare!

Estes seus lamentos não conseguem me deixar tristonho. Estou forte e crente em mim mesmo, além disto, você não me afeta mais. Voltei a ter fé. Fé em algo ou alguém.

Acredite!

É pessoa, vire-se e vai embora. A porta é a serventia da casa. Suma, desapareça e dane-se.
Que se exploda você e seus direitos. O meu direito é único.

Eu vou ser feliz!

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