segunda-feira, 22 de março de 2010

Confissões, confusões

Ultrapassando o limite da vida e da sobrevivência, fico tentado a entrar em teu corpo. Quem sabe assim não consigo desvendar milhares de segredos milenares? Mas... nem tudo são flores, muito menos amores, quiçá dores. Nem martírio, nem escravidão e muito menos heroísmo. Tudo é um emaranhado de coisas e pensamentos perdidos e achados de lado. Lado de casa, lado da cama, lado direito, lado esquerdo... lado de cá e de lá. O silêncio chega e afeta a escuridão. Cegando de vez a claridade olfativa do universo descontraído que encontro no fundo do copo de cachaça. O álcool desce, arranha, entra em minhas entranhas e me deixa cada dia mais sacana. Sacana ao ponto de te amar e no outro dia te matar. Matar de desejo, de ensejos, de desprezo. Mas mato! Nasci assim, minto, fiquei assim. Depois de viver no meio do olho do furacão que não tem calma. Onde tentava encontrar a paz que um dia sumiu e virou esta confissão mental diluída com um pouco de confusão mental. Nada mais...nada mais. Nem paz, nem audaz, nem mesmo a cola Tenaz. Colar com cola o resto que ainda sobra da minha dignidade humana de pessoa que sou. Sou, seu , meu, teu. Levanto a cabeça e encontro você me analisando, alisando, obcecando. Levanto e vou embora.

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