sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A ponta da ponta que aponta

Estava ali, assentado no cantinho da sala. Esperando que cada dedinho meu fosse mais uma vez em que você iria aparecer e me fazer feliz.

A porta abre, a porta fecha e nada... angustiado com meu próprio caos, continuei olhando para os dedos das minhas mãos. São interessantes, nada tão lindo como o dedo da mão de Vênus, mas estão lá. Cinco em cada mão. Pena que faltam um em cada pé, ou deveria pensar que tenho dois dedos mais largos que a maioria das pessoas? Fuedas o dedo é meu e o pé também, logo, ema... ema... ema cada dedo com o seu problema.

Melhor esquecer esta questão dos dedos e focar em você! Você!

A dor que me aperta o coração machuca como uma ponta da faca que neste exato momento esta apontado para a ponta do meu nariz.

Ponta da faca na ponta do nariz que aponta pra ponta dos dedos, colados ou separados, mas são pontas que apontam pra faca que fica apontada para a ponta do meu nariz.

A faca é a merda da porta que abre e fecha, onde fico levemente escorado atrás esperando você. E novamente sem querer volto a falar de você.

Começo a desconfiar que a ponta de tudo nesta minha vida despontada é você.

Então já que foi apontada esta nossa conclusão, venha ser a ponta do iceberg que sou. Seja a ponta da minha vida, da minha existência, do meu viver.

Seja você comigo para que juntos possamos apontar pro horizonte do nosso vale e digamos a todos...

Somos nós!

Nós dedos colados que apontam para a ponta do teu peito que vivo a me aquecer e esquecer dos desapontamentos que tive nestes anos que fiquei sendo apontado como um.

Afinal , agora eu aponto pra você e você aponta para mim.

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