domingo, 6 de junho de 2010

Devaneios 154

Eu tenho em minhas mãos apenas o ódio da dor que tu me deixaste. Ó promiscua e infiel mulher. Vós que prometestes o único e ardente amor. O singular e irreparável sexo. A extraordinária e irreparável morte. Porém, viro-me ao avesso e não lhe enxergo mais.

Unicamente promíscua. Exclusivamente amada. Excepcionalmente serpente.

Amada, serpente, carente.

Assassinara-me. Único e exclusivo homem do teu viver.

Largo-me agora na enxurrada do esgoto que passa no fundo do meu coração. Este errante e andante. Pétreo agora. Vivo morto. Fétido!

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