Estava tomando meu café e pensando em várias coisas que vem acontecendo na minha vida. Não sou nenhum Don Juan, mas já me casei quatro vezes. Sim! Não se assuste! Quatro e memoráveis vezes. Estou longe de ser Vinicius que se casou nove vezes.
Em cada casamento algum erro grave aconteceu. Normalmente seria mais fácil para qualquer homem colocar a culpa na esposa, noiva, namorada ou amante. Mas sou homem de culhões, assumo minha responsabilidade em todos os fracassos.
À medida que vou me casando e descasando, vou aprendendo coisas importantíssimas. Vou crescendo, evoluindo, afinal Darwin, lá pelos anos de 1859, já dizia que homem veio de uma evolução e seleção natural e mais um monte de coisa, e comigo não poderia ser diferente. Sou homem! Homem pra caralho! Puta que pariu, sou humano mesmo, logo tenho que evoluir. Mas vamos deixar o maluco do Darwin de lado.
Voltando aos casamentos, fiquei pensando: “Se tivesse tido sucesso em todos os meus relacionamentos, como seria?”. E por longas e tenebrosas horas, estive pensando de como seria minha vida hoje. Putz, cheguei às seguintes conclusões:
a) Estaria milionário, pois teria escrito altos livros de auto-ajuda. Mesmo acreditando no Prata que diz que auto-ajuda é cachaça
b) Não teria casado quatro vezes, estaria lá no primeiro ainda, desta forma seria um verdadeiro filho da puta, com no mínimo uma história de três amantes.
c) Estaria preso, pois poligamia é crime no Brasil. Mesmo com minha descendência árabe, não iria ajudar muito quando estivesse frente a frente ao homem da capa preta.
d) E finalmente, e talvez o mais provável, estaria louco.
Casamento é coisa sagrada! Mas sexo também é sagrado. Prefiro sexo à casamento.
Portanto meus queridos... Casem-se, descasem-se. Vivam eternamente o momento mágico do amor, da paixão e principalmente do tesão. Porque melhor ter muitos casamentos cheio de história de amor que apenas um cheio de história de ódio. Não sei se vou ter saco, literalmente falando, para casar nove vezes. Mas cinco eu garanto!
"Vinicius amou demais e durante toda a vida dele. Sem paixão por uma mulher, o poetinha perdia a inspiração, entristecia e até morria um pouco. O amor o iluminava!"
Um comentário:
Há espaço para o amor nisso tudo?
Não, às vezes não há espaço; natural. E se algo é ruim, melhor que acabe...
Mas encontrar tantos caminhos que acabam, quando deveriam ser de construção? Hum...Penso que, antes, fazemos escolhas... E isso é algo sério! Até porque fazemos escolhas pelo Outro também. São essas escolhas que nos levam... ou fazem tornar, que transformam... Se for pra continuar onde se está, melhor ficar nisso: sexo com muita paixão! Mas esse, talvez, seja outro caminho. E este pode até ser o mais intenso. Depende de um; mas também de Outro.
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