sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Gritos !


Eu queria muito sair por aí pelado e gritando.
Sim, pelado de tudo. Nu! Nuzinho da silva.
Livre de toda esta redoma que vivemos.

Somente nu, poderemos amar com toda a intensidade.
Desprovido de todo pudor e moral que nos fizeram acreditar que é o correto.
E o que é correto? "Só sei do que não gosto".

A vida é rápida.
A morte vem.
O amor vai e vem.
O grito some, mas é constante. Contundente!


Gritar como Salvatore di Vita mandando o bom amigo Alfredo tomar no cu.
Rompendo com o mundo, com a vida imposta, com o correto, com o silêncio.

Grite, proteste e além de tudo trepe.
Trepe, grite, urre, geme.
Coloque pra fora tudo aquilo que você esta sentindo, naquele momento único.
Momento mágico, momento de êxtase.

Rompemos o silêncio. Vociferamos!

3 comentários:

Anônimo disse...

No nosso silêncio a gente pensa, a gente chora, amaldiçoa, ri, escuta nosso respirar, sonha. É nele que a gente goza.
Romper o silêncio como forma de interditar os seus sentidos... o silêncio também significa. Quando você não trepa, não grita, não protesta, não urra e não geme; quando você 'NÃO' você está no silêncio. Você é.

Anônimo disse...

No nosso silêncio a gente pensa, a gente chora, amaldiçoa, ri, escuta nosso respirar, sonha. É nele que a gente goza.
Romper o silêncio como forma de interditar os seus sentidos... o silêncio também significa. Quando você não trepa, não grita, não protesta, não urra e não geme; quando você 'NÃO' você está no silêncio. Você é.

É no silêncio que estamos nus.

Anônimo disse...

Ambíguo também é o significado da palavra "grito" e, do mesmo modo, da palavra "silêncio". John Cage, perspicaz em suas teorizações sobre a música, já dizia que o silêncio está grávido de sons e vice-versa.
Por isso a dificuldade em saber distinguir o que cala daquilo que soa. Talvez a existência de uma ausência ou presença de sonoridade resida justamente na percepção do receptor. Se grito de amor, por exemplo, e alguém me escuta, isso pode, às vezes, significar que em meu grito há menos silêncios que sonoridades. Mas se urro de paixão e em nenhum lugar ela reverbera, qual a dificuldade em considerá-la um absurdo nada? Um absurdo silêncio?