sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Somos machistas! E daí?


Belorizontino é machista! Sim, é machista, sim. Você não concorda? Quer fazer um teste rápido comigo? Calma não vai doer, é coisa rápida. Podemos começar? Ótimo, então vão lá.

1) Qual o nome da principal Avenida de Belo Horizonte?
2) Qual o nome da avenida que você utiliza pra ir pra Confins? E a outra?
3) Qual avenida tem o maior comércio de peças automotivas?
4) O Mercado Central fica em qual avenida?

Quantos nomes femininos você me disse? Exatamente, nenhum. Não tem jeito, todas as principais avenidas de Belo Horizonte têm nome de homem ou Estado; se for mulher é santa.

A única avenida que escapa, ao menos que eu me lembre, é a Tereza Cristina e te confesso que acredito, salvo engano, que só tá lá porque foi mulher de D. Pedro II. Não vejo outra razão. Andei pensando que poderia ser a amante de algum prefeito, governador ou até presidente, mas a história nos mostra que não teriam peito para fazer algo deste tipo.

Você deve tá achando que eu tô doido, não é? Porque não me lembrei da Avenida Raja Gabaglia. E você sabe quem foi Raja Gabaglia? Enganou-se, não foi jornalista porra nenhuma, foi um professor lá da época de Getúlio Vargas, que por sinal é outra avenida importante. Não tem jeito, não mesmo. Somos todos machistas!

Se eu fosse prefeito desta cidade mudaria o nome de todas as avenidas; a Afonso Pena se chamaria Elis Regina. A longa Avenida Amazonas iria se chamar Ana Hickmann, em homenagem as suas longas pernas. Cristiano Machado seria Ângela Bismarchi, devido às constantes intervenções cirúrgicas pelas quais ela passa. A Antonio Carlos iria se chamar Fernanda Lima, uma avenida loira e leve. Avenida Pedro II iria se transformar em Princesa Izabel, lógico, não podemos perder a realeza! E a Augusto de Lima, como tem o Mercado Central e sempre saio de lá num estado lamentável devido ao consumo abusivo de álcool, se chamaria Letícia Birkheuer, que já foi vista bebadazinha nas ruas do Rio de Janeiro.

Imagine você pedindo o taxista pra te levar ao Aeroporto de Confins saindo da Rua da Bahia: “Olha meu amigo, você pega a Elis Regina e depois a Ângela Bismarchi, mas se você achar que ela não está boa pode pegar a Fernanda Lima!”. Seria um sonho, não acha?

Mas, enquanto não sou prefeito, fico aqui morando nesta rua com nome de santo, doido pra morar na Camila Pitanga!

p.s: Texto lido e aprovado pela Srta. Professora Mestre Doutora Carla Barbosa

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