segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sangue e cuspe

Tenho que parar de beber – cuspiu o sangue que chegava à sua boca, depois de ter tomado mais uma dose do rum. A cabeça estourando, a falta das balinhas de cafeína, a dor doída de dentro pra fora. Maldito etílico, maldita dor, vida sorvida pelos copos. A moral, já não mais existia, perdeu-se pelos ladrilhos das latrinas da vida. O vital órgão, já demonstrava falhar. O fim estava prestes a chegar, e o sangue agora jorrava quase sempre. A vida seguia de copos em copos, sem trégua, sem falhar um só dia. Seguia de copos em copos.

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