sábado, 29 de maio de 2010

Inerte

Meu corpo arde, derrete. Fico inerte frente ao espelho. Não consigo mais mover um músculo sequer.

Meus olhos me comem com a fúria louca de um louco descomedido.

O que fazer para controlar esta louca vontade de louco de mais uma vez voar?

O amor não tem o mesmo peso do algodão preso às plumas do meu travesseiro. Não tenho mais... perdi por ali. Maldito seja quem inventou.

Inventou? Inventamos?

Volto-me ao espelho. Meu mundo ebâneo. Mundo que pertenço e amo. Nasci assim. Errado.

Venha!, derreta-se em meu corpo de promiscuidade. Estou aqui, parado, inerte, derrete, arde.

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