terça-feira, 25 de maio de 2010

Maio e Junho

É maio. Na verdade, maio se finda. Maio maior mês do ano, ao menos para ela. Desde o início de sua consciência pensava em inferno astral em maio. Maio começava e as coisas apareciam: enxaquecas, dores, rugas, nervos à flor da pele, etc. Ano após ano, a batalha de maio era vivida.

Marcam-se milhares de coisas em maio: casamento, namoro, noivado, festas, churrascos. Diferente dos demais maios de sua vida, este foi especial. Renascimento no fim de maio. Reiniciar!, era tudo o que realmente precisava.

Durante alguns anos as coisas não estavam bem e vinham-se arrastando, dia após dia. Nada andava. O carro vivia com problema. A cadela amada vivia arredia no canto da sala. O afilhado querido sempre longe. A mãe com asma. E tudo piorava em maio.

Maldito maio – dizia a todo o momento.

Mas num belo dia de maio tudo muda. O telefone toca. O coração palpita. Um encontro marcado. Ela fica de ligar novamente. Outro encontro. A vida renasce. Horizontes se abrem. Sorriso aparece-lhe novamente na face de forma esplendorosa. Conversas sérias. Pendências resolvidas. Acertos feitos. Renascimento... renascimento!, e tudo na medida exata. Projetos novos a serem conquistados. Vida nova, tudo novo.

Salve junho – dizia a todos que encontrava. Mas esquecera-se que tudo começou no seu malgrado mês. E, mais uma vez, maio, o mês terrível, vai ficando para trás e levando os louros da glória para o teu próximo irmão. E junho começa sorridente agradecendo ao irmão mais velho o presente da vida.

p.s.: Em homenagem a sua nova vitória.

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