quinta-feira, 20 de maio de 2010

Rendição a Ártemis

No mais novo e estupendo espetáculo da terra, vejo seus olhos. Olhos de lince a me procurar. E eu me torno a mais saborosa e perfeita caça. Caça que fica sempre de atalaia. Olhando para descobrir de que lado aparecerá seu predador. Mas quando sinto seus olhos, me derreto, entrego-me. Como uma fêmea no cio soltando seus sinais de submissão, deixo-me seduzir pelos seus encantos. Caçadora de mim, acha-me e leva-me para a vossa e única degustação. Degusta-me com sua boca, com seu olhar, com seus lábios e com teu corpo de deusa. Minha Ártemis!, eu, seu súdito, estou aqui, pronto para ser ofertado em seus braços longos e fêmeos. Ser servido em seu banquete da noite, do dia e da tarde. Que minha carne seja ofertada e devorada por ti, somente tu poderás se deliciar em mim. Excitai sobre minha pele desnuda, sem pudor e com o mais belo e irrepreensível amor. Não sintas culpa, sou seu, seu súdito. E você minha, minha deusa, minha única e femeal caçadora.

Nenhum comentário: