quarta-feira, 5 de maio de 2010

SALdade

A saudade corta minha carne. Carne velha e sofrida de gente humana animalesca. O sal do meu suor salga a carne que me contorna. Deixando-me a cada dia mais salgado. Salgado do sal da vida que vivo. A SALdade me torna cada vez mais salgado de saudoso. Saudoso do amor da minha amada que me deixou em busca do doce da vida. Vida doce do bagaço da cana, do melaço do mel, do inferno vivido. Vida que não me pertence, pois o sal da dor me contorna e me tempera para a dor mais sofrida. A dor da saudade. Saudade de sal. SALdade.

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